O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT)) aceitou a denúncia do Ministério Público contra o homem suspeito de vazar as fotos da autópsia de Marília Mendonça.
Ele será julgado por uma série de crimes: alguns deles são vilipêndio a cadáver, crimes contra o sentimento religioso e contra o respeito aos mortos, crimes contra a incolumidade pública e atentado contra a segurança de serviços de utilidade pública.
Também constam na lista crimes não relacionados às fotos. Ele também responderá por uso de documento falso, crimes de preconceito e intolerância racial, de cor e/ou etnia — no perfil do Twitter em que divulgou as fotos de Marília Mendonça, ele também fazia publicações racistas e apologia ao nazismo.
O juiz Max Abrahao Alves de Souza também determinou que a rede social tire o perfil do ar. Até o momento da publicação deste texto, o perfil ainda existia, com o link para as fotos.
Relembre o caso
O suspeito foi preso preventivamente pela Polícia Civil do Distrito Federal no dia 17 de abril. A investigação da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) identificou que um homem de Santa Maria (DF) compartilhou o conteúdo criminoso sobre a artista na internet.
O MPDFT também pediu que o suspeito seja investigado pelo vazamento de imagens do corpo do cantor Gabriel Diniz. O dono do hit "Jenifer" também foi vítima de acidente aéreo em maio de 2019.
O advogado da família de Marília Mendonça considerou "inconcebível" que documentos exclusivos de um inquérito policial, que corre em sigilo e com restrições de acessos, tenham sido divulgados de forma "irresponsável, desumana e criminosa", conforme comunicado compartilhado com o UOL após a confirmação do vazamento.