Como muitos criminosos atuam na deep web – parte da internet oculta ao grande público, que não é listada por mecanismos de busca –, a identificação dos arquivos é um desafio. “A quantidade de agentes que praticam esse crime é grande. O grande aliado é que o criminoso geralmente comete isso todo dia, e uma hora ela comete um deslize”, explica o advogado criminalista Bruno Cândido. Segundo o coordenador de Operações da Superintendência de Investigação e Polícia Judiciária, Matheus Cobucci, existem tecnologias para acessar os arquivos ocultos.
A pedofilia é classificada pela Organização Mundial de Saúde como um transtorno da preferência sexual. “É questão de saúde mental. O pedófilo nem sempre é abusador. Ele pode viver um processo de observação, assistir a vídeos que o estimule a chegar de fato a um abuso”, explica a gerente executiva da Fundação Abrinq, de defesa de crianças e adolescentes, Denise Cesário.