Comunidade de Socorro foi um das evacuadas após laudo não atestar segurança em barragem

Talude de barragem em Barão de Cocais pode se romper a qualquer momento, dizem autoridades

Central de Jornalismo
Comunidade de Socorro foi um das evacuadas após laudo não atestar segurança em barragem
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Talude de barragem em Barão de Cocais pode se romper a qualquer momento, dizem autoridades 1

Órgãos de segurança e moradores de Barão de Cocais, na região Central de Minas, esperam para qualquer momento o colpaso do talude da cava da Mina Gongo Soco, que poderia provocar a ruptura da barragem Sul Superior, a 1,5 km de distância da estrutura. Relatório da Vale, responsável pela mina, revela que o talude pode se romper deste domingo (19) até o próximo sábado (25).

A dimensão da ruptura ainda é desconhecida e, até o momento, a Vale não informou se a vibração provocada por ela poderia causar a desestabilização e o colapso da barragem. Se o pior cenário for confirmado, a onda de rejeitos deve atingir a área Central da cidade e os bairros São Geraldo, São Benedito, Três Moinhos e Vila Regina, impactando aproximadamente 6 mil pessoas.

A Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e outros órgãos, como Agência Nacional de Mineração (ANM), estão em alerta. Para evitar novos desastres humanos, como o que ocorreu em Brumadinho, na Grande BH, quando o rompimento da Mina Córrego do Feijão deixou 240 mortos e 30 desaparecidos, os moradores de Barão de Cocais passaram por um treinamento sobre deixarem as áreas de risco e seguirem para pontos seguros do município. 

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Além disso, a Justiça mineira ordenou que a Vale apresente estudo completo com impactos e danos ocasionados pelo possível rompimento da barragem. A decisão obriga a mineradora a entregar o chamado “dam break” até segunda-feira (20), sob pena de multa de R$ 300 milhões em caso de descumprimento.

Por nota, a Vale declarou que já apresentou o relatório mais atualizado de dam break da Barragem Sul Superior, “explicando naquela oportunidade a adequação dos critérios técnicos”. Além disso, a empresa garantiu que não foi intimada de qualquer decisão quanto a eventual descumprimento da decisão liminar.

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Monitoramento

Ainda em comunicado enviado à imprensa, a Vale disse que a cava da Mina de Gongo Soco vem sendo monitorada 24 horas por dia de forma remota, “com o uso de radar e estação robótica capazes de detectar movimentações milimétricas da estrutura, além de sobrevoos com drone”. O vídeo-monitoramento é feito em tempo real.

A empresa garantiu que iniciou, na última quinta-feira (16), a terraplenagem para construção da contenção em concreto localizada a 6 km a jusante da barragem Sul Superior. De acordo com a Vale, a estrutura seria capaz de reter grande parte do volume de rejeitos da barragem em caso de rompimento. “Essa obra atuará como barreira física no sentido de reduzir a velocidade de avanço de uma possível mancha, contendo o espalhamento do material a uma área mais restrita”, garantiu por meio de nota.

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