Motivo foi o atraso no pagamento dos salários.
Condições de trabalho também estão entre as reclamações dos operários.
De acordo com o trabalhador rural, Odair José dos Santos, a paralisação teve início logo no começo do expediente, quando os operários cruzaram os braços. “Todo vencimento de quinzena precisamos parar para poder receber. Caso contrário, o salário não sai”, revelou.
A paralisação envolveu os empregados que trabalham no corte da cana. A maioria deles saiu do Vale do Jequitinhonha, como é o caso de João Gomes. Ele afirmou que a família está passando fome no Norte do estado, já que o salário não está sendo enviado mensalmente. “Eles passam dificuldade, pois o pão sai daqui e não estou conseguindo enviar o dinheiro já que não estamos recebendo”, contou o trabalhador.
Funcionários de outras categorias decidiram aderir ao protesto no meio do período da manhã. Este foi o caso do motorista Milton dos Reis. “Como alguém que paga aluguel, prestação de carro e alimentação vai sobreviver?”, questionou.
Além do pagamento dos salários em dia, os manifestantes cobraram melhores condições de trabalho e de moradia. Muitos reclamaram que estão vivendo em condições sub-humanas por causa da precariedade dos alojamentos, além de falhas na assistência médica aos trabalhadores que ficam doentes. “A água está suja de óleo diesel, besouros, baratas”, contou o trabalhador rural José Roberto Viana.
Uma comissão de trabalhadores com apoio de entidades como Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg) e Cut vai participar de uma reunião com representantes da empresa. A reunião será realizada a portas fechadas e nenhum diretor está autorizado a falar sobre o assunto. A empresa apenas informou que não há previsão para o término da reunião.
Fonte:http://g1.globo.com/minas-gerais/triangulo-mineiro/noticia/2012/11/trabalhadores-de-usina-paralisam-atividades-em-capinopolis-mg.html