Eliane Neves – Repórter
Em Minas Gerais, a estimativa de novos casos de câncer de mama em 2013 é de 5.680, de acordo com pesquisa divulgada em julho deste ano pela Fundação João Pinheiro, entidade do governo de Minas referência nacional em estatística e informações. Os dados revelam também que, no Estado, 1.140 mulheres deverão ir a óbito em decorrência da doença neste ano, ou seja, 20% do total. No Triângulo Norte, região que abrange Uberlândia e mais 26 municípios do Triângulo Mineiro, são esperados 380 novos casos de câncer de mama em 2013
O movimento popular Outubro Rosa é internacional e tem o objetivo de popularizar o tema para que mais mulheres, principalmente aquelas entre 50 e 60 anos, busquem os exames anuais de prevenção do câncer de mama. O rosa simboliza o alerta às mulheres para que façam o autoexame e, a partir dos 45 anos, a mamografia, diminuindo os riscos do aparecimento da doença nessa faixa etária.
“O câncer de mama está relacionado à vida reprodutiva da mulher, ou seja, ela enfrenta riscos maiores quando menstrua mais cedo, demora mais para ter o primeiro filho, amamenta por menos tempo e também se entra na menopausa mais tarde. Mas tem 90% de chance de cura, quando o diagnóstico é precoce”, disse o médico oncologista Rodolfo Gadia sobre a doença que, no universo feminino, é a mais comum entre os tipos de cânceres e, quando considerados os dois sexos (veja mais nesta página sobre a ocorrência do câncer de mama nos homens), é o segundo tipo mais frequente no mundo, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
AÇÃO É REALIZADA DESDE A DÉCADA DE 90
A campanha Outubro Rosa teve início em 1990 nos Estados Unidos e se disseminou pelo mundo.
Para incentivar a campanha, diversos prédios públicos e monumentos ganham iluminação cor-de-rosa, como a estátua do Cristo Redentor, na cidade do Rio de Janeiro, e o prédio do Ministério da Saúde e o Congresso Nacional, ambos em Brasília (DF). Em Uberlândia, neste ano, o prédio da prefeitura já está iluminado em prol do combate à doença.
DOENÇA AFETA HOMENS TAMBÉM, MAS A INCIDÊNCIA É BAIXA
Os homens também podem desenvolver o câncer de mama, mas a incidência entre eles é muito baixa e, sem os fatores de risco da genética, é inferior a 1%, sendo um tipo de câncer raro. Na maioria dos casos, segundo oncologistas, a detecção da doença é feita em estágio avançado, dificultando o tratamento. Isto ocorre muitas vezes pelo desconhecimento sobre a doença que acomete geralmente homens entre 60 e 70 anos.