UBERLÂNDIA, TRIÂNGULO MINEIRO – A umidade relativa do ar segue baixa em grande parte de Minas Gerais. Em Uberlândia, os níveis atingiram 3%, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), na sexta-feira (12). O índice, que se assemelha ao de climas desérticos e é considerado de estado de emergência pela Organização Mundial da Saúde (OMS), teria sido registrado pela estação meteorológica automática no município às 14 horas. Uma hora antes, o Inmet já havia apontado umidade mínima de apenas 5%, valor que se repetiu às 15h.
No sábado (13), o menor valor registrado pelo instituto foi de 16%, considerado estado de alerta. Por volta das 9h deste domingo (14), foi contabilizado umidade de 51%. Porém, segundo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/Inpe), a mínima pode chegar a apenas 7% durante o Dia dos Pais. A temperatura pode variar entre 17°C e 34°C.
No dia 19 de julho, Uberlândia teria registrado o menor índice de umidade relativa do ar no ano, segundo o Inmet. A estação metereológica, às 14h, contabilizou cerca 8% de umidade. Em setembro de 2011, a umidade chegou a 6%, considerado, até então, o pior patamar registrado em mais de 20 anos na cidade.
A massa de ar seco que cobre boa parte de Minas Gerais causa a queda da umidade e da qualidade do ar, influenciando em noites e manhãs frias e tardes quentes. Pela classificação da OMS, a umidade relativa do ar ideal é de 60%. A entidade recomenda a decretação do estado de atenção quando os índices ficam entre 20% e 30%. Entre 12% e 20%, é recomendado o estado de alerta, e índices inferiores a 12% podem ser considerados estado de emergência sanitária.
Em decorrência da baixa umidade, podem ocorrer complicações alérgicas e respiratórias com o ressecamento de mucosas, além de sangramento pelo nariz, ressecamento da pele, irritação dos olhos. O tempo seco também ocasiona eletricidade estática nas pessoas e em equipamentos eletrônicos e o aumento do potencial de incêndios em pastagens e florestas.