Uma pesquisa da Universidade de Brasília, que pode baratear em até dez vezes o custo de tecnologia importada, estuda algoritmos de software existente em câmeras de medição de temperatura, muito usadas em sistemas de vigilância. Essa tecnologia é mais rápida do que os termômetros de curto alcance.
A finalidade é adaptar esse equipamento para aferir a temperatura corporal em massa, uma estratégia para auxiliar na identificação de pessoas que possam estar com o novo coronavírus.
O projeto intitulado Desenvolvimento de um sistema de triagem térmica usando câmeras infravermelhas para identificar sintomas de febre, está em etapa de adaptação, como explica o professor Gerardo Pizo, que coordena a equipe de pesquisa formada por mais dois professores e três estudantes.
Os recursos para a compra de câmeras térmicas, de procedência da China ou dos Estados Unidos, ainda não foram repassados à equipe. Quando o instrumento chegar a Brasília, será adaptado ao software usado pelos pesquisadores para a realização dos primeiros testes no Distrito Federal.
Neste momento, a equipe trabalha em cima de imagens de repositórios, com estudos e testes dos algoritmos. Essas imagens precisam ser segmentadas e filtradas de forma a distinguir objetos desejados e indesejados, assinalando as posições desses corpos e suas respectivas temperaturas.
A pesquisa é um dos 115 projetos com foco no combate à Covid-19, da Universidade de Brasília.