CAPINÓPOLIS, TRIÂNGULO MINEIRO – O usineiro falido João Lyra venceu mais uma batalha na justiça e escreve a ferro e fogo mais um capítulo da novela referente à venda das empresas do grupo JL.
Os advogados do ex-deputado João Lyra haviam entrado com agravo na justiça, alegando que o Juiz Mauro Baldini, da comarca de Coruripe (AL), havia feito “infelizes colocações” com o objetivo de “denegrir e enfraquecer a imagem da Empresa Falida” – Mauro Baldini foi um dos únicos magistrados que fizeram valer a justiça no caso da falência da Laginha Agroindustrial – O juiz foi afastado.
Na última terça-feira (12), uma junta de desembargadores avaliaram o caso – Um dos magistrados solicitou vistas do processo, protelando o retorno do juiz Mauro Baldini ao caso que já está paralisado desde Fevereiro deste ano. A sessão foi acompanhada por uma comitiva integrada por representantes de Capinópolis, Ipiaçu e Canápolis, que não esconderam a decepção com o resultado.
As unidades sucroalcooleiras do grupo, instaladas em Capinópolis e Canápolis, estão se tornando sucata rapidamente – Outro fator complicante é a indisponibilidade de grande parte da área territorial que antes era destinada ao plantio de cana-de-açúcar – Tais agravantes podem inviabilizar a venda das usinas. Grupos importantes já haviam demonstrado interesse em adquirir a usina Vale do Paranaíba, por ser nova e moderna.
As atitudes do usineiro João Lyra demonstram o desprezo que tem pelos trabalhadores e fornecedores dos Estados onde suas empresas estão instaladas. A dívida trabalhista do grupo João Lyra ultrapassa os R$ 200 Milhões – A dívida com o Município de Capinópolis ultrapassa os R$ 4 Milhões – Tal recurso seria utilizado em obras de infraestrutura por toda a cidade.