Minas Gerais apresentou, mais uma vez, aumento no registro de mortes por febre amarela, segundo boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. Ao mesmo tempo, o Ministério da Saúde decidiu nesta terça-feira (20) recomendar vacinação contra febre amarela em todo Brasil.
Apesar do surto da doença, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse agora pouco em coletiva de imprensa em Brasília, que a medida de ampliar a recomendação da vacina é “precaução” e não emergência. “É um desafio e vamos fazer por precaução”, disse.
O ministro afirmou ainda que as mortes estão proporcionais no mesmo nível do ano passado. “Mortalidade permanece proporcional. A mortalidade se mantém a mesma, na ordem de 33%. Consideramos que a população exposta este ano é maior que no ano passado. É o mesmo problema do ano passado, que não queremos ter ano que vem”, afirmou.
Dados de Minas
No Estado mineiro, 137 pessoas morreram em decorrência da doença. Os dados são de julho de 2017 até essa segunda-feira (19). Em uma semana, são quatro novos óbitos registrados e 396 casos de febre amarela.
São quatro regiões em Minas com mortes pela doença: Grande BH, Central, Zona da Mata e Sul. Mariana, na região Central, continua a liderar com maior número de casos de febre amarela. A cidade registrou, até o momento, 34 casos. Em uma semana, dois novos casos foram confirmados no município. Sete pessoas já morreram em Mariana.
Em Juiz de Fora, na Zona da Mata, a Saúde registrou 33 casos, o que coloca a cidade em segundo lugar nos números de febre amarela. Em Juiz de Fora, sete pessoas perderam a vida.
Na região Metropolitana de Belo Horizonte, Nova Lima aparece com 31 casos de febre amarela. A cidade da Grande BH continua, ao lado de Barão dos Cocais, na região Central, com o maior número de mortes: oito em cada município.
Vacinação
A cobertura vacinal em Minas Gerais, segundo a Secretaria de Saúde, está em 90,5%. Pelo menos 1,9 milhão de pessoas ainda precisam se vacinar para evitar a febre amarela em todo Estado mineiro. Entre os 853 municípios do Estado, 24,03% (205) deles não alcançaram 80% de cobertura vacina.