Um homem foi assassinado pelos amigos depois de ter dado “dicas” de como invadir e roubar uma distribuidora de alimentos na qual ele era cliente, na praça da Estação, no Centro de Belo Horizonte, em outubro do ano passado. O vendedor de balas, Douglas Santos Brito, de 34 anos, foi morto pelos amigos durante a divisão do dinheiro roubado na distribuidora.
Eles levaram cerca de R$ 20 mil reais em espécie, mas segundo a Polícia Civil, na hora da divisão, os três amigos de Douglas mentiram para ele sobre o valor roubado e quando ele foi questionar os amigos sobre ter recebido um valor menor, acabou sendo executado por eles. Os comparsas disseram para Brito que conseguiram roubar da loja R$13 mil.
Segundo informações do delegado Rodrigo Damiano, em outubro de 2017, depois de Brito ter arquitetado toda a dinâmica do assalto, os três amigos dele, invadiram a loja e anunciaram o assalto.
“Douglas não participou efetivamente do assalto, pois era conhecido na região, ele era cliente e comprava balas para revender. Ele deu as dicas, e os amigos entraram com uma faca e uma réplica de arma de fogo, renderam os funcionários e levaram R$20 mil reais. Depois de 10 dias do roubo, Douglas descobriu que foi passado para trás e acabou sendo assassinado pelos amigos”, explica.
Identificação
Ainda segundo Damiano, os três suspeitos foram encontrados pela polícia através de análise das imagens da câmeras de circuito interno da loja que flagraram toda a ação.
Os homens envolvidos no assalto, dois menores, 16 e 17 anos foram apreendidos, ouvidos e liberados logo em seguida, já Emerson Junior Modesto Duarte de 19 anos foi preso e encaminhado para a penitenciária de Sabará, ele confessou ter participado do assalto, mas negou a autoria do crime. Durante a coletiva da Polícia Civil, na tarde desta quarta-feira (03), a delegacia de homicídios vai dar andamento às investigações sobre o crime.
Dinheiro para ostentar
Segundo o delegado Rodrigo Damiano, todo dinheiro roubado foi gasto com roupas, tênis, bebidas e festas. “Eles eram amigos e moravam todos em Sabará, eles gastaram o dinheiro para ostentar mesmo. Festas com bebidas caras, roupas de marca e tênis, tudo para impressionar”, disse.
Sobre o perfil dos envolvidos, Damiano, disse que são jovens, frios e perigosos. “Todos os suspeitos já tinham outras passagens pela polícia por roubo, mesmo tão jovens. São frios, confessaram que estavam no assalto, explicaram a dinâmica do roubo, mas disseram não saber quem matou o amigo”, disse.
Defesa
Em sua apresentação, Emerson negou que tenha participado do assassinato. “Estava precisando de dinheiro, fui lá e assaltei. Sobre a morte do cara lá, não sei de nada não. Vou pagar na polícia o que devo”, disse à imprensa.
Fonte: O Tempo