A polícia segue em busca do presidente da Câmara Municipal de Ouro Verde de Minas, no Vale do Mucuri, que é suspeito de executar um homem a tiros dentro de um bar na última segunda-feira (13). Cícero Xavier Vasconcelos Netho (PSDC) fugiu após o crime e não foi mais localizado.
Eli Fernandes dos Santos, de 47 anos, bebia no bar “Chega Mais” quando o parlamentar chegou, por volta das 16h30, em um Volkswagen Jetta prata. O dono do estabelecimento contou à Polícia Militar (PM) que o vereador chegou armado com uma pistola e disse: “você falou com minha mulher que vai matar meus filhos e beber o sangue deles. Antes de você fazer isso eu te mato”.
Ainda segundo a testemunha, ele tentou intervir acalmando os envolvidos, mas Santos só teve tempo de pedir que Netho não fizesse isso antes de ser baleado várias vezes e cair sentado na cadeira do bar. Quando a polícia chegou ao local, a vítima já estava morta.
Depois de cometer o crime, o presidente da Câmara entrou em seu veículo e fugiu. A PM fez rastreamentos e localizou o carro usado no crime na casa do sogro do suspeito, porém, o vereador não foi localizado.
FOTO: PMMG / DIVULGAÇÃO |
Carro usado no crime foi localizado na casa do sogro do vereador |
A perícia da Polícia Civil (PC) esteve no bar e constatou que Santos foi atingido por três tiros, um no abdome, outro nas costas e o último na região da nuca. Três cápsulas de calibre .380 foram apreendidos no local. Além disso, uma faca do tipo “peixeira” que estava na cintura da vítima também foi recolhida.
Ameaças
Para os policiais, a mulher do parlamentar relatou que o homem assassinado por seu marido já havia ameaçado ela e sua família inúmeras vezes. Na manhã de segunda, o homem ameaçou os filhos do casal, de 2 e 5 anos.
Na última ameaça, a vítima ainda teria saído gritando na rua que iria matar as crianças e beber o sangue delas. O homem morto já havia sido preso por ameaças, agressão e lesão corporal.
Em entrevista à InterTV, afiliada da Globo na região, um irmão do homem executado pelo vereador argumenta que a vítima era aposentada por insanidade. “A única coisa que estamos querendo é que se faça Justiça, que ele seja preso e pague pelo crime dele. Nós não vamos colocar nossas mãos nisso não, vamos colocar nas mãos de Deus. Ele tirou a vida de uma pessoa doente, aposentado como louco, que tinha problema, tomava remédio controlado”, lamentou na entrevista.