Mais um vereador eleito foi preso durante a Operação ‘Déjà-vu’ em Frutal. De acordo a Polícia Civil, Edison Yamagami (PSOL) se apresentou na delegacia na tarde deste sábado (17). Ele e outros seis políticos são suspeitos de envolvimento com a compra e venda de apoio político para as eleições da Mesa Diretora da Câmara Municipal, para o biênio 2017/2018.
De acordo com o delegado, Fábio Ruz, Edison se apresentou com o advogado e disse que nesta sexta (16) estava com a família de férias em Florianópolis. Ele foi levado para o presídio de Frutal onde ficará na mesma cela que Ricardo Mazzaropi (PT do B), Joab de Paula Alves (PROS) e Romero Silva de Menezes (PRTB) que já ocupavam cadeiras na Câmara Municipal e foram reeleitos e Esio dos Santos (PR), Douglas Doyal (PSOL), Nene Finuh (PT do B) que foram eleitos neste ano.
A reportagem tentou falar com o atual presidente da Câmara para saber posicionamento, mas não obteve contato por meio da assessoria de imprensa.
Segundo o delegado regional de Frutal, Cezar Felipe Colombari da Silva, durante a operação foram apreendidos R$ 2.365 referentes à parcela da propina. Dois vereadores foram escutados durante a tarde de sexta e confessaram o crime, além de delatar outros dois políticos que seriam candidatos à presidência da Câmara.
As investigações iniciadas no fim de outubro deste ano foram em parceria com o Ministério Público e da polícia de Araxá. O objetivo foi apurar informações de que alguns vereadores estavam repetindo práticas ilícitas de eleições passadas, a fim de comprar e prometer o voto, principalmente para a função de Presidente da Câmara.
Segundo o delegado Fabio Ruz Borges, dois vereadores foram presos pela prática de crimes de corrupção ativa e quatro por crimes de corrupção passiva. Ele destacou, ainda, que todos podem ser indiciados por crimes de associação ou organização criminosa.
A Justiça determinou o afastamento dos vereadores presos das funções, que deverão ser impedidos de participar da eleição interna da Câmara. Os presos foram submetidos a exames médicos no Instituto Médico Legal (IML) e depois encaminhados para a Delegacia, onde foram ouvidos.
G1