Uma proposição apresentada pelos vereadores Luciano Belchior (MDB), Neide Martins (MDB) e Edward Sales (PSDB), sugere ao Poder Executivo capinopolense implantar o projeto “Eleição Mirim” nas escolas da rede municipal e estadual de ensino. Na indicação 008/2019, os edis propõem a parceria com o Cartório Eleitoral da Comarca de Capinópolis.
O projeto tem o objetivo de incentivar a participação do jovem na política, fazendo com que os estudantes compreendam o papel do Poder Legislativo.
Segundo Luciano Belchior, o projeto tem a função social de formar o cidadão. “Esse projeto auxiliará na formação de cidadãos mais conscientes de seus direitos e deveres”, disse o vereador e presidente do Legislativo capinopolense.
O trabalho é importante para conscientizar os eleitores do futuro e incentivar o debate de ideias, minimizando as posições radicais que nada contribuem para a democracia do país.
“O projeto vai preparar essas crianças para que sejam os nossos futuros políticos. Com mais honestidade, com mais experiência para saber a necessidade que o município tem”, enfatizou a vereadora Neide Martins.
O parlamentar Edward Sales pontuou sua motivação. “Objetivando o despertar dos interesses das crianças e jovens num contexto político regular e saudável, fomentando neles, práticas de responsabilidade em representar a população, como também, fortalecendo nos mesmos noções de cidadania e do princípio basilar de toda nação do bem: O princípio republicano e democrático de direito. Estou particularmente muito motivado a ser parceiro nesse projeto que trabalhará para a formação política dos jovens de maneira desprovida quanto a ideologias partidárias, todavia, os inserindo em noções de uma prática inseparável do nosso povo, votar e ser votado, para a escolha certa dos futuros líderes e governantes da nossa Cidade, Estado e Nação”.
Segundo Juliana Pereira, chefe do Cartório Eleitoral da Comarca de Capinópolis, um ofício já foi enviado ao Tribunal Regional Eleitoral — TRE— e aguarda respostas. “Já estamos providenciando isto. Mas o cartório não tem competência para isto, mandei ofício para o TRE e eles vão minutar lá”, disse a chefe do cartório.
Dispara a percepção de corrupção no Brasil, aponta pesquisa
Desde de 2013, com o desenrolar da Operação Lava Jato, uma ‘macrocorrupção’ sistêmica e institucionalizada foi exposta aos brasileiros. Em síntese, a corrupção objetiva a defesa de interesses de grupos políticos que jamais estiveram preocupados com os interesses coletivos dos brasileiros.
Uma pesquisa divulgada em 2018 pela Transparência Internacional, mostra que a percepção do brasileiro sobre a corrupção aumentou. Segundo a pesquisa, o Brasil perdeu 17 postos e passou do 79º lugar para a 96º posição, passando a figurar ao lado de países como a Zâmbia, Colômbia e o Panamá, todos com 37 pontos.
Os três países mais íntegros são a Nova Zelândia, Dinamarca e Finlândia, com 89, 88 e 85 pontos, respectivamente. O país mais corrupto é a Somália, com 9 pontos, à frente de Síria (14 pontos) e Sudão do Sul (12).
O projeto “Eleição Mirim” pode fortalecer a conscientização da importância da política focada nos interesses do bem coletivo. A consciência política pode fragmentar ao mínimo os casos de corrupção — pelo menos, no âmbito político e corporativo.
A pesquisa realizada pela Transparência Internacional é amplamente respeitada.