Vereadores de Belo Horizonte querem impedir o reajuste no valor das passagens do transporte coletivo da cidade. Os 13 membros da Frente Parlamentar contra o Aumento da Passagem de Ônibus em Belo Horizonte, criada na segunda-feira (18) na Câmara dos Vereadores da capital, pretendem enviar um ofício para o presidente da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) solicitando uma reunião entre eles. “Queremos sentar com o presidente até, no máximo, na próxima quinta-feira e saber se vai ou não acontecer o reajuste para, assim, tomarmos providências. Se ele confirmar, queremos entender o motivo do reajuste”, disse o líder da Frente, vereador professor Wendel Mesquita (PSB).
Na semana passada, a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) recebeu um estudo enviado pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) solicitando reajuste nas tarifas de 10,5% em 2018. O prefeito Alexandre Kalil (PHS) reagiu ao pedido das empresas antes mesmo de recebê-lo oficialmente e afirmou que não irá aceitá-lo.
Se o reajuste for concedido, o valor da passagem da maioria dos ônibus de Belo Horizonte, que hoje é de R$ 4,05, passaria para R$ 4,48. De 2013 até agora, a passagem de ônibus subiu 52,83% em Belo Horizonte, passando de R$ 2,65 para os atuais R$ 4,05.
Em seu Twitter, o vereador Gabriel Azevedo (PHS), que também faz parte da frente parlamentar, disse que espera que não haja reajuste. “Todos estamos unidos contra o aumento da passagem de ônibus em Belo Horizonte sem a abertura da caixa-preta da BHTrans”, escreveu ele.
Prazo. A BHTrans informou que só vai se posicionar após analisar o estudo do Setra-BH. A empresa apenas declarou que o contrato vence no dia 31 de dezembro.
Relembre o caso
Campanha. Abrir o que chamou de “caixa-preta” da BHTrans foi uma das principais promessas de campanha do prefeito Alexandre Kalil.
Auditoria. A prefeitura chegou a abrir edital para uma auditoria no sistema de transporte, mas, em outubro, a Justiça barrou por problemas na divulgação do edital.
Justificativas. A queda no número de passageiros e o aumento do diesel são as justificativas das empresas para pedir novo reajuste.